História do Moinho da Ponte Velha
O Moinho da Ponte Velha começou a ser explorado em 1937 pelo casal de moleiros Manuel Faustino Afonso (conhecido como Castanheira) e Maria Belisanda Manso, ambos naturais de Bragança. Manuel trazia consigo uma vasta experiência, adquirida após ter participado na instalação do primeiro moinho elétrico da região de Mogadouro.
Com a morte prematura de Manuel, em 1945, foi Maria Belisanda quem assumiu a gestão do moinho, contando com o apoio das filhas e do filho Manuel. Apesar da perda trágica deste último, em 1949, a família manteve viva a atividade, sobretudo graças à filha Teresa, que se mudou para o moinho com o marido e as filhas para assegurar o seu funcionamento. Em 1952, Maria Belisanda encerrou definitivamente a sua vida de moleira, vindo a falecer dois anos mais tarde.
A exploração do moinho foi retomada posteriormente pelo moleiro brigantino conhecido por Barilhas, que manteve a atividade até meados da década de 70.
Em 2000, os terrenos do moinho foram adquiridos por Belmiro Carção, que desafiou os filhos a dar um novo destino à propriedade. A filha mais nova, Lucília de Castro Carção, aceitou o compromisso e, movida pela ligação afetiva ao lugar e pelo desejo de preservar a sua memória, iniciou em 2007 um projeto de reabilitação que se prolongou durante cinco anos.
O sonho concretizou-se em dezembro de 2011, com a abertura do Moinho da Ponte Velha ao Turismo Rural, classificado como Casa de Campo. Desde então, tem acolhido visitantes de todo o mundo, que aqui encontram paz, beleza natural e uma ligação autêntica à terra. Situado junto à antiga ponte que, durante séculos, foi a única passagem sobre o Rio Sabor, o moinho permanece como um símbolo vivo da tradição, do trabalho dos moleiros e da memória rural da região.
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